O desemprego e a saúde pública

Seria a política a arte de enganar? De
fazer vibrar as emoções dos menos favorecidos em seu sonho de uma vida
melhor? Ainda me lembro de que minha dissertação do mestrado em Direito
versava sobre a Saúde Pública e a Inclusão Social, dois temas previstos
na nossa Constituição de 1988, talvez a mais romântica Constituição de
todos os tempos. Hoje, depois de tudo que temos vivenciado e descoberto
na política brasileira, sabemos que as ideias esquerdistas deturpadas,
que serviram de esteio e instrumento para o maior assalto do erário
público, eram palavras que visavam a interesses políticos espúrios.
Depois de toda a crise política,
contamos hoje com um saldo de 2,6 milhões de novos desempregados no
primeiro ano do governo Temer. Segundo o IBGE, tivemos 14,048 milhões de
pessoas à procura de um emprego entre fevereiro e abril de 2017, e no
mesmo período do ano anterior eram apenas 11,411 milhões de tristes
trabalhadores à procura de uma vaga. A pergunta que insisto em fazer
continua sendo a mesma que inspirou minha dissertação: Qual é o impacto
na saúde pública de um trabalhador desempregado? Se fizermos uma análise
do nosso dia a dia, quando as coisas estão indo bem, quando existe um
emprego, a família está organizada, todos com saúde, mesmo assim temos
os nossos percalços, e o desgaste para nos mantermos íntegros do ponto
de vista mental e físico é enorme.
Talvez isso ocorra com grande parte da
classe média brasileira. Mas tentemos imaginar o esforço para manter a
saúde psicossocial numa família de classe inferior diante da
instabilidade trazida pela incerteza com relação à manutenção do
emprego, da angústia de saber que de uma hora para outra tudo pode
mudar. É evidente que o impacto é bem maior, e isso se reflete na saúde,
atingindo o Estado no seu papel de provedor da saúde pública.
A grande verdade é que, quanto mais
desempregados, mais trabalhadores investem na informalidade. Ao todo,
1,242 milhão de pessoas deixaram de ter a carteira assinada desde o
trimestre encerrado em abril de 2016, portanto, menos impostos e menos
recursos tem o Estado para as demandas no escopo das políticas sociais.
Para piorar a situação, no tocante ao investimento exterior, onde se
leva em consideração o nível de ocupação ou de emprego, a economia
americana criou 209 mil novos empregos, acima dos 180 mil esperados pela
maioria de analistas, um indicador positivo que respalda a solidez do
mercado trabalhista nos EUA.
Enfim, pobre povo brasileiro, sempre
esperando um salvador da pátria, enquanto os votos do Congresso correm
em direção à impunidade, para que depois talvez se possa, através das
manobras políticas barganhadas, restabelecer uma economia em ordem.
Pior que esse cenário é ainda nos
darmos conta de que os esquerdistas brasileiros que permanecem no poder,
além de causar a instabilidade emocional de toda a população desse
Brasil de ponta-cabeça, trazem e fazem as honrarias a representantes de
governos radicais, como o aiatolá Mohsen Araki, um dos líderes
religiosos mais influentes do Irã, em visita ao Brasil. Um cidadão que
apoia o ódio, a discórdia, o fim do Estado de Israel, impondo incertezas
e importando o medo às minorias étnicas, como a comunidade judaica do
Brasil...
Para finalizar e expressar meu último comentário sobre tudo que estamos vendo e passando, concluo: “Este país não tem porvir”.
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